Thursday, April 12, 2007

Procure identificar as afirmações falsas, nos seguintes enunciados:(marque com um x)
● O Cubismo desenvolveu-se inicialmente na pintura, valorizando as formas geométricas, as ordenações lógicas, quebrando as barreiras do significado.
● Em 1916, em plena Guerra, quando tudo fazia supor uma vitória alemã, um grupo de refugiados inicia, em Zurique, na Suíça, o mais radical movimento da vanguarda européia: o Dadaísmo. A própria palavra dadá, escolhida (Segundo eles, ao acaso) para batizar o movimento, não significa nada. Negando o passado, o presente e o futuro, o Dadaísmo é a total falta de perspectiva diante da guerra; daí ser contra as teorias, as ordenações lógicas, pouco se importando com o leitor. Importante era criar palavras pela sonoridade, quebrando as barreiras do significado; importante era o grito, o urro contra o capitalismo burguês e o mundo em guerra.
● Ao contrário de outras vanguardas, os expressionistas são mais afetados pelo sofrimento humano do que pelo triunfo.
● O futurismo apresentava como pontos fundamentais a exaltação da vida moderna, da máquina, da eletricidade, do automóvel, da velocidade e uma inevitável ruptura com os modelos do passado.
● O movimento expressionista surgiu na Alemanha, trazendo uma forte herança da arte do final do século XIX. Preocupou-se com as manifestações do mundo interior e a com a forma de expressá-las. Daí a importância da expressão, ou seja, da materialização, numa tela ou em formas geométricas, de imagens nascidas em nosso mundo interior, pouco importando os conceitos então vigentes de belo e feio.
● O Manifesto Surrealista foi lançado em Paris, por André Breton, um ex-participante do Dadaísmo que rompera com Tristan Tzara.É um movimento de vanguarda iniciado no período entre guerras. Suas origins estão mais próximas do Expressionismo e da sondagem do mundo interior, em busca do homem primitive, da liberação do inconsciente, da valorização do sonho.
● O Expressionismo surgiu em 1910, na Alemanha, trazendo uma forte herança da arte do final do século XIX, preocupada com as manifestações do mundo interior e com a forma de expressá-las.

,“Injuntivo” significa “obrigatório”, “imperativo”. No campo dos estudos lingüísticos, modo injuntivo é o mesmo que modo imperativo. Considerando que a dengue é uma doença perigosa e ameaça a todos nós e que se não combatermos sua proliferação (multiplicação) com eficiência, ela poderá nos prejudicar de modo fatal, faça um texto injuntivo sobre o assunto.
Escreva dois adjetivos para cada substantivo abaixo:
cidade
turma
país
vereadores

Escola: sf. Estabelecimento público ou privado onde se ministra ensino coletivo.
Aluno: sm. Aquele que recebe instrução e/ou educação de mestre(s) em estabelecimento de ensino ou particularmente; estudante.
Livro: sm. Reunião de folhas impressas presas por um lado e enfeixadas e montadas em capa. (Do mini-dicionário Aurélio)

As definições acima nos permitem dizer que elas pertencem a que gênero textual?(1,0)

Wednesday, April 11, 2007

Classificação dos Fonemas
Os fonemas são classificados em vogais, semivogais e consoantes.
Vogais
Vogais são fonemas silábicos (i.e., que constituem núcleo de sílaba) que se produzem livremente, sem nenhum obstáculo que se oponha à passagem direta da corrente de ar.
Exemplo:
"a" de pedra, fazer
"o" de correr, morar
Semivogais
As semivogais são fonemas silábicos que não ocupam a posição de núcleo, devendo, portanto, associar-se a uma vogal para formarem uma sílaba.
Exs.: jaguar (u é uma semivogal e a é uma vogal; o ditongo é dito crescente); demais (a é vogal e i é semivogal; o ditongo é dito decrescente).
Resumindo: É a vogal pronunciada de forma mais fraca em uma sílaba. Exemplos: rei, vário, meu, quatro.
Consoantes
Consoantes são fonemas assilábicos que se produzem após vencerem um obstáculo que se opõe à corrente de ar.
Que é fonema?

Tuesday, April 10, 2007

GÊNERO TEXTUAL E TIPOLOGIA TEXTUAL: COLOCAÇÕES SOB DOIS ENFOQUES TEÓRICOS


Sílvio Ribeiro da Silva


A diferença entre Gênero Textual e Tipologia Textual é, no meu entender, importante para direcionar o trabalho do professor de língua na leitura, compreensão e produção de textos [1] . O que pretendemos neste pequeno ensaio é apresentar algumas considerações sobre Gênero Textual e Tipologia Textual, usando, para isso, as considerações feitas por Marcuschi (2002) e Travaglia (2002), que faz apontamentos questionáveis para o termo Tipologia Textual. No final, apresento minhas considerações a respeito de minha escolha pelo gênero ou pela tipologia.
Convém afirmar que acredito que o trabalho com a leitura, compreensão e a produção escrita em Língua Materna deve ter como meta primordial o desenvolvimento no aluno de habilidades que façam com que ele tenha capacidade de usar um número sempre maior de recursos da língua para produzir efeitos de sentido de forma adequada a cada situação específica de interação humana.
Luiz Antônio Marcuschi (UFPE) defende o trabalho com textos na escola a partir da abordagem do Gênero Textual [2] . Marcuschi não demonstra favorabilidade ao trabalho com a Tipologia Textual, uma vez que, para ele, o trabalho fica limitado, trazendo para o ensino alguns problemas, uma vez que não é possível, por exemplo, ensinar narrativa em geral, porque, embora possamos classificar vários textos como sendo narrativos, eles se concretizam em formas diferentes – gêneros – que possuem diferenças específicas.
Por outro lado, autores como Luiz Carlos Travaglia (UFUberlândia/MG) defendem o trabalho com a Tipologia Textual. Para o autor, sendo os textos de diferentes tipos, eles se instauram devido à existência de diferentes modos de interação ou interlocução. O trabalho com o texto e com os diferentes tipos de texto é fundamental para o desenvolvimento da competência comunicativa. De acordo com as idéias do autor, cada tipo de texto é apropriado para um tipo de interação específica. Deixar o aluno restrito a apenas alguns tipos de texto é fazer com que ele só tenha recursos para atuar comunicativamente em alguns casos, tornando-se incapaz, ou pouco capaz, em outros. Certamente, o professor teria que fazer uma espécie de levantamento de quais tipos seriam mais necessários para os alunos, para, a partir daí, iniciar o trabalho com esses tipos mais necessários.
Marcuschi afirma que os livros didáticos trazem, de maneira equivocada, o termo tipo de texto. Na verdade, para ele, não se trata de tipo de texto, mas de gênero de texto. O autor diz que não é correto afirmar que a carta pessoal, por exemplo, é um tipo de texto como fazem os livros. Ele atesta que a carta pessoal é um Gênero Textual.
O autor diz que em todos os gêneros os tipos se realizam, ocorrendo, muitas das vezes, o mesmo gênero sendo realizado em dois ou mais tipos. Ele apresenta uma carta pessoal [3] como exemplo, e comenta que ela pode apresentar as tipologias descrição, injunção, exposição, narração e argumentação. Ele chama essa miscelânea de tipos presentes em um gênero de heterogeneidade tipológica.
Travaglia (2002) fala em conjugação tipológica. Para ele, dificilmente são encontrados tipos puros. Realmente é raro um tipo puro. Num texto como a bula de remédio, por exemplo, que para Fávero & Koch (1987) é um texto injuntivo, tem-se a presença de várias tipologias, como a descrição, a injunção e a predição [4] . Travaglia afirma que um texto se define como de um tipo por uma questão de dominância, em função do tipo de interlocução que se pretende estabelecer e que se estabelece, e não em função do espaço ocupado por um tipo na constituição desse texto.
Quando acontece o fenômeno de um texto ter aspecto de um gênero mas ter sido construído em outro, Marcuschi dá o nome de intertextualidade intergêneros. Ele explica dizendo que isso acontece porque ocorreu no texto a configuração de uma estrutura intergêneros de natureza altamente híbrida, sendo que um gênero assume a função de outro.
Travaglia não fala de intertextualidade intergêneros, mas fala de um intercâmbio de tipos. Explicando, ele afirma que um tipo pode ser usado no lugar de outro tipo, criando determinados efeitos de sentido impossíveis, na opinião do autor, com outro dado tipo. Para exemplificar, ele fala de descrições e comentários dissertativos feitos por meio da narração.
Resumindo esse ponto, Marcuschi traz a seguinte configuração teórica:
a) intertextualidade intergêneros = um gênero com a função de outro
b) heterogeneidade tipológica = um gênero com a presença de vários tipos
Travaglia mostra o seguinte:
a) conjugação tipológica = um texto apresenta vários tipos
b) intercâmbio de tipos = um tipo usado no lugar de outro
Aspecto interessante a se observar é que Marcuschi afirma que os gêneros não são entidades naturais, mas artefatos culturais construídos historicamente pelo ser humano. Um gênero, para ele, pode não ter uma determinada propriedade e ainda continuar sendo aquele gênero. Para exemplificar, o autor fala, mais uma vez, da carta pessoal. Mesmo que o autor da carta não tenha assinado o nome no final, ela continuará sendo carta, graças as suas propriedades necessárias e suficientes [5] . Ele diz, ainda, que uma publicidade pode ter o formato de um poema ou de uma lista de produtos em oferta. O que importa é que esteja fazendo divulgação de produtos, estimulando a compra por parte de clientes ou usuários daquele produto.
Para Marcuschi, Tipologia Textual é um termo que deve ser usado para designar uma espécie de seqüência teoricamente definida pela natureza lingüística de sua composição. Em geral, os tipos textuais abrangem as categorias narração, argumentação, exposição, descrição e injunção (Swales, 1990; Adam, 1990; Bronckart, 1999). Segundo ele, o termo Tipologia Textual é usado para designar uma espécie de seqüência teoricamente definida pela natureza lingüística de sua composição (aspectos lexicais, sintáticos, tempos verbais, relações lógicas) (p. 22).
Gênero Textual é definido pelo autor como uma noção vaga para os textos materializados encontrados no dia-a-dia e que apresentam características sócio-comunicativas definidas pelos conteúdos, propriedades funcionais, estilo e composição característica.
Travaglia define Tipologia Textual como aquilo que pode instaurar um modo de interação, uma maneira de interlocução, segundo perspectivas que podem variar. Essas perspectivas podem, segundo o autor, estar ligadas ao produtor do texto em relação ao objeto do dizer quanto ao fazer/acontecer, ou conhecer/saber, e quanto à inserção destes no tempo e/ou no espaço. Pode ser possível a perspectiva do produtor do texto dada pela imagem que o mesmo faz do receptor como alguém que concorda ou não com o que ele diz. Surge, assim, o discurso da transformação, quando o produtor vê o receptor como alguém que não concorda com ele. Se o produtor vir o receptor como alguém que concorda com ele, surge o discurso da cumplicidade. Tem-se ainda, na opinião de Travaglia, uma perspectiva em que o produtor do texto faz uma antecipação no dizer. Da mesma forma, é possível encontrar a perspectiva dada pela atitude comunicativa de comprometimento ou não. Resumindo, cada uma das perspectivas apresentadas pelo autor gerará um tipo de texto. Assim, a primeira perspectiva faz surgir os tipos descrição, dissertação, injunção e narração. A segunda perspectiva faz com que surja o tipo argumentativo stricto sensu [6] e não argumentativo stricto sensu. A perspectiva da antecipação faz surgir o tipo preditivo. A do comprometimento dá origem a textos do mundo comentado (comprometimento) e do mundo narrado (não comprometimento) (Weirinch, 1968). Os textos do mundo narrado seriam enquadrados, de maneira geral, no tipo narração. Já os do mundo comentado ficariam no tipo dissertação.
Travaglia diz que o Gênero Textual se caracteriza por exercer uma função social específica. Para ele, estas funções sociais são pressentidas e vivenciadas pelos usuários. Isso equivale dizer que, intuitivamente, sabemos que gênero usar em momentos específicos de interação, de acordo com a função social dele. Quando vamos escrever um e-mail, sabemos que ele pode apresentar características que farão com que ele “funcione” de maneira diferente. Assim, escrever um e-mail para um amigo não é o mesmo que escrever um e-mail para uma universidade, pedindo informações sobre um concurso público, por exemplo.
Observamos que Travaglia dá ao gênero uma função social. Parece que ele diferencia Tipologia Textual de Gênero Textual a partir dessa “qualidade” que o gênero possui. Mas todo texto, independente de seu gênero ou tipo, não exerce uma função social qualquer?
Marcuschi apresenta alguns exemplos de gêneros, mas não ressalta sua função social. Os exemplos que ele traz são telefonema, sermão, romance, bilhete, aula expositiva, reunião de condomínio, etc.
Já Travaglia, não só traz alguns exemplos de gêneros como mostra o que, na sua opinião, seria a função social básica comum a cada um: aviso, comunicado, edital, informação, informe, citação (todos com a função social de dar conhecimento de algo a alguém). Certamente a carta e o e-mail entrariam nessa lista, levando em consideração que o aviso pode ser dado sob a forma de uma carta, e-mail ou ofício. Ele continua exemplificando apresentando a petição, o memorial, o requerimento, o abaixo assinado (com a função social de pedir, solicitar). Continuo colocando a carta, o e-mail e o ofício aqui. Nota promissória, termo de compromisso e voto são exemplos com a função de prometer. Para mim o voto não teria essa função de prometer. Mas a função de confirmar a promessa de dar o voto a alguém. Quando alguém vota, não promete nada, confirma a promessa de votar que pode ter sido feita a um candidato.
Ele apresenta outros exemplos, mas por questão de espaço não colocarei todos. É bom notar que os exemplos dados por ele, mesmo os que não foram mostrados aqui, apresentam função social formal, rígida. Ele não apresenta exemplos de gêneros que tenham uma função social menos rígida, como o bilhete.
Uma discussão vista em Travaglia e não encontrada em Marcuschi [7] é a de Espécie. Para ele, Espécie se define e se caracteriza por aspectos formais de estrutura e de superfície lingüística e/ou aspectos de conteúdo. Ele exemplifica Espécie dizendo que existem duas pertencentes ao tipo narrativo: a história e a não-história. Ainda do tipo narrativo, ele apresenta as Espécies narrativa em prosa e narrativa em verso. No tipo descritivo ele mostra as Espécies distintas objetiva x subjetiva, estática x dinâmica e comentadora x narradora. Mudando para gênero, ele apresenta a correspondência com as Espécies carta, telegrama, bilhete, ofício, etc. No gênero romance, ele mostra as Espécies romance histórico, regionalista, fantástico, de ficção científica, policial, erótico, etc. Não sei até que ponto a Espécie daria conta de todos os Gêneros Textuais existentes. Será que é possível especificar todas elas? Talvez seja difícil até mesmo porque não é fácil dizer quantos e quais são os gêneros textuais existentes.
Se em Travaglia nota-se uma discussão teórica não percebida em Marcuschi, o oposto também acontece. Este autor discute o conceito de Domínio Discursivo. Ele diz que os domínios discursivos são as grandes esferas da atividade humana em que os textos circulam (p. 24). Segundo informa, esses domínios não seriam nem textos nem discursos, mas dariam origem a discursos muito específicos. Constituiriam práticas discursivas dentro das quais seria possível a identificação de um conjunto de gêneros que às vezes lhes são próprios como práticas ou rotinas comunicativas institucionalizadas. Como exemplo, ele fala do discurso jornalístico, discurso jurídico e discurso religioso. Cada uma dessas atividades, jornalística, jurídica e religiosa, não abrange gêneros em particular, mas origina vários deles.
Travaglia até fala do discurso jurídico e religioso, mas não como Marcuschi. Ele cita esses discursos quando discute o que é para ele tipologia de discurso. Assim, ele fala dos discursos citados mostrando que as tipologias de discurso usarão critérios ligados às condições de produção dos discursos e às diversas formações discursivas em que podem estar inseridos (Koch & Fávero, 1987, p. 3). Citando Koch & Fávero, o autor fala que uma tipologia de discurso usaria critérios ligados à referência (institucional (discurso político, religioso, jurídico), ideológica (discurso petista, de direita, de esquerda, cristão, etc), a domínios de saber (discurso médico, lingüístico, filosófico, etc), à inter-relação entre elementos da exterioridade (discurso autoritário, polêmico, lúdico)). Marcuschi não faz alusão a uma tipologia do discurso.
Semelhante opinião entre os dois autores citados é notada quando falam que texto e discurso não devem ser encarados como iguais. Marcuschi considera o texto como uma entidade concreta realizada materialmente e corporificada em algum Gênero Textual [grifo meu] (p. 24). Discurso para ele é aquilo que um texto produz ao se manifestar em alguma instância discursiva. O discurso se realiza nos textos (p. 24). Travaglia considera o discurso como a própria atividade comunicativa, a própria atividade produtora de sentidos para a interação comunicativa, regulada por uma exterioridade sócio-histórica-ideológica (p. 03). Texto é o resultado dessa atividade comunicativa. O texto, para ele, é visto como
uma unidade lingüística concreta que é tomada pelos usuários da língua em uma situação de interação comunicativa específica, como uma unidade de sentido e como preenchendo uma função comunicativa reconhecível e reconhecida, independentemente de sua extensão (p. 03).
Travaglia afirma que distingue texto de discurso levando em conta que sua preocupação é com a tipologia de textos, e não de discursos. Marcuschi afirma que a definição que traz de texto e discurso é muito mais operacional do que formal.
Travaglia faz uma “tipologização” dos termos Gênero Textual, Tipologia Textual e Espécie. Ele chama esses elementos de Tipelementos. Justifica a escolha pelo termo por considerar que os elementos tipológicos (Gênero Textual, Tipologia Textual e Espécie) são básicos na construção das tipologias e talvez dos textos, numa espécie de analogia com os elementos químicos que compõem as substâncias encontradas na natureza.
Para concluir, acredito que vale a pena considerar que as discussões feitas por Marcuschi, em defesa da abordagem textual a partir dos Gêneros Textuais, estão diretamente ligadas ao ensino. Ele afirma que o trabalho com o gênero é uma grande oportunidade de se lidar com a língua em seus mais diversos usos autênticos no dia-a-dia. Cita o PCN, dizendo que ele apresenta a idéia básica de que um maior conhecimento do funcionamento dos Gêneros Textuais é importante para a produção e para a compreensão de textos. Travaglia não faz abordagens específicas ligadas à questão do ensino no seu tratamento à Tipologia Textual.
O que Travaglia mostra é uma extrema preferência pelo uso da Tipologia Textual, independente de estar ligada ao ensino. Sua abordagem parece ser mais taxionômica. Ele chega a afirmar que são os tipos que entram na composição da grande maioria dos textos. Para ele, a questão dos elementos tipológicos e suas implicações com o ensino/aprendizagem merece maiores discussões.
Marcuschi diz que não acredita na existência de Gêneros Textuais ideais para o ensino de língua. Ele afirma que é possível a identificação de gêneros com dificuldades progressivas, do nível menos formal ao mais formal, do mais privado ao mais público e assim por diante. Os gêneros devem passar por um processo de progressão, conforme sugerem Schneuwly & Dolz (2004).
Travaglia, como afirmei, não faz considerações sobre o trabalho com a Tipologia Textual e o ensino. Acredito que um trabalho com a tipologia teria que, no mínimo, levar em conta a questão de com quais tipos de texto deve-se trabalhar na escola, a quais será dada maior atenção e com quais será feito um trabalho mais detido. Acho que a escolha pelo tipo, caso seja considerada a idéia de Travaglia, deve levar em conta uma série de fatores, porém dois são mais pertinentes:
a) O trabalho com os tipos deveria preparar o aluno para a composição de quaisquer outros textos (não sei ao certo se isso é possível. Pode ser que o trabalho apenas com o tipo narrativo não dê ao aluno o preparo ideal para lidar com o tipo dissertativo, e vice-versa. Um aluno que pára de estudar na 5ª série e não volta mais à escola teria convivido muito mais com o tipo narrativo, sendo esse o mais trabalhado nessa série. Será que ele estaria preparado para produzir, quando necessário, outros tipos textuais? Ao lidar somente com o tipo narrativo, por exemplo, o aluno, de certa forma, não deixa de trabalhar com os outros tipos?);
b) A utilização prática que o aluno fará de cada tipo em sua vida.

Acho que vale a pena dizer que sou favorável ao trabalho com o Gênero Textual na escola, embora saiba que todo gênero realiza necessariamente uma ou mais seqüências tipológicas e que todos os tipos inserem-se em algum gênero textual.
Até recentemente, o ensino de produção de textos (ou de redação) era feito como um procedimento único e global, como se todos os tipos de texto fossem iguais e não apresentassem determinadas dificuldades e, por isso, não exigissem aprendizagens específicas. A fórmula de ensino de redação, ainda hoje muito praticada nas escolas brasileiras – que consiste fundamentalmente na trilogia narração, descrição e dissertação – tem por base uma concepção voltada essencialmente para duas finalidades: a formação de escritores literários (caso o aluno se aprimore nas duas primeiras modalidades textuais) ou a formação de cientistas (caso da terceira modalidade) (Antunes, 2004). Além disso, essa concepção guarda em si uma visão equivocada de que narrar e descrever seriam ações mais “fáceis” do que dissertar, ou mais adequadas à faixa etária, razão pela qual esta última tenha sido reservada às séries terminais - tanto no ensino fundamental quanto no ensino médio.
O ensino-aprendizagem de leitura, compreensão e produção de texto pela perspectiva dos gêneros reposiciona o verdadeiro papel do professor de Língua Materna hoje, não mais visto aqui como um especialista em textos literários ou científicos, distantes da realidade e da prática textual do aluno, mas como um especialista nas diferentes modalidades textuais, orais e escritas, de uso social. Assim, o espaço da sala de aula é transformado numa verdadeira oficina de textos de ação social, o que é viabilizado e concretizado pela adoção de algumas estratégias, como enviar uma carta para um aluno de outra classe, fazer um cartão e ofertar a alguém, enviar uma carta de solicitação a um secretário da prefeitura, realizar uma entrevista, etc. Essas atividades, além de diversificar e concretizar os leitores das produções (que agora deixam de ser apenas “leitores visuais”), permitem também a participação direta de todos os alunos e eventualmente de pessoas que fazem parte de suas relações familiares e sociais. A avaliação dessas produções abandona os critérios quase que exclusivamente literários ou gramaticais e desloca seu foco para outro ponto: o bom texto não é aquele que apresenta, ou só apresenta, características literárias, mas aquele que é adequado à situação comunicacional para a qual foi produzido, ou seja, se a escolha do gênero, se a estrutura, o conteúdo, o estilo e o nível de língua estão adequados ao interlocutor e podem cumprir a finalidade do texto.
Acredito que abordando os gêneros a escola estaria dando ao aluno a oportunidade de se apropriar devidamente de diferentes Gêneros Textuais socialmente utilizados, sabendo movimentar-se no dia-a-dia da interação humana, percebendo que o exercício da linguagem será o lugar da sua constituição como sujeito. A atividade com a língua, assim, favoreceria o exercício da interação humana, da participação social dentro de uma sociedade letrada.


Transforme as locuções adjetivas em adjetivos: (1,0)
→Música pode melhorar ação do cérebro.
→Pesquisadores, reunidos nos EUA, revelaram que som estimula certas áreas da mente.
→ expressão do corpo
→ festas de junho
→ homem com fome

Monday, April 09, 2007

MORFEMA

Um morfema é a menor unidade gramatical que se pode identificar. As palavras, ao contrário do que pode parecer, não correspondem às menores unidades gramaticais da língua. Uma palavra como infelicidade, por exemplo, resulta da combinação de três elementos menores: o prefixo in-, o radical felic-] e o sufixo -idade. Cada um desses elementos é um morfema da língua portuguesa, e nenhum deles pode ser fragmentado ulteriormente do ponto de vista gramatical: sob esse ponto de vista, todos são unidades mínimas. Cada um desses morfemas é usado para construir outras palavras. Por exemplo, o prefixo in- ocorre também em "infeliz", "indistinto", "involuntário" e "insatisfeito"; o tema feliz aparece também "felicidade", "felizmente", "infelicitar" e "felizardo"; e o sufixo –idade ocorre também em "velocidade", "castidade", "maioridade" e "habilidade".
Os morfemas são de tipos diferentes. Dizemos que "feliz" é um morfema lexical, ou lexema, por ter um sentido dicionarizável: podemos dar uma definição de "feliz". Contudo, o -mente de "felizmente" é diferente: é um morfema gramatical, que desempenha a função estritamente gramatical de transformar um adjetivo em advérbio. Independentemente disso, podemos dizer que "feliz" é também um morfema livre: pode aparecer sozinho formando palavra, como acontece na palavra "feliz". Mas o prefixo in- e os sufixos –idade e –mente são morfemas presos: eles nunca podem aparecer sozinhos, precisam sempre ligar-se a pelo menos um outro morfema no interior de uma palavra.

NEOLOGISMO

Neologismo é um fenômeno linguístico que consiste na criação de uma palavra ou expressão nova, ou na atribuição de novo sentido a uma antiga; pode ser um comportamento espontâneo próprio do ser humano ou meramente artificial para fins pejorativos.

Radical
Observe a série a seguir:
Canto, cantos, cântico, cânticos, cantilena, cantilenas, cantoria, cantorias, cantiga, cantigas, cantata, cantatas, cantável, cantáveis, cantor, cantora, cantores, cantoras, cantar, cantando, cantado, cantas, cantamos.
O traço comum às palavras da série é o morfema cant, chamado radical, o qual porta a base de significação das palavras dadas. É uma base rarefeita, vaga, que vai sendo delimitada com maior precisão pelo acréscimo de outros morfemas à palavra.
O radical porta o núcleo de significação da palavra, que é determinado pelos prefixos e sufixos integrantes da palavra.
Prefixos
Na série a seguir, alguns prefixos estão em negrito.
Visível, invisível. Visibilidade, invisibilidade. Visivelmente, invisivelmente.
Escrito, reescrito. Escrever, reescrever. Escrita, reescrita.
Estruturar, desestruturar. Estruturado, desestruturado. Estruturadamente, desestruturadamente.
Os pares de palavras da série diferem entre si pelo morfema inicial (in, re e des) na segunda palavra do par. Analisando os pares da série vemos que a função dos morfemas in, re e des é alterar a base de significação do radical. In, re e des são prefixos típicos da língua portuguesa e apresentam características como:
Modificam a base de significação do radical.
Sempre são colocados antes do radical.
Não condicionam e independem da classe morfológica da palavra. O mesmo prefixo pode ser usado em palavras de classes diferentes como por exemplo: decompor (verbo), decomponível (adjetivo), decomposição (substantivo).
Não indicam número, gênero, grau ou qualquer informação típica de categorias morfológicas.
A inclusão de prefixos é optativa. Existem palavras sem prefixos no modelo PRS.
Pode haver mais de um prefixo na palavra. A princípio, o número de prefixos é indeterminado, mas na prática raramente se usa mais do que dois por palavra. Por exemplo: in-con-formado, de-com-por, re-des-cobrir, in-de-com-ponível.
O prefixo determina o que está à sua direita segundo um padrão concêntrico. O mais externo, determina o agrupamento mais interno. Por exemplo: na palavra in-de-com-pon-ível, o morfema com determina o radical pon diretamente, de determina o conjunto com-pon e in determina o conjunto de-com-pon. Representando as relações por parênteses teríamos: in(de(com(pon)))ível. (FONTE: Wikipedia)

Forme duas palavras para cada radical abaixo:
● Trabalh-
● Just-
● Garot-
● Alun-

Escreva as orações abaixo na interrogativa: (1,0)
a) It is expensive
b) They are fat
c) She is a Mexican
d) We are from Bolívia
e) He is dizzy


ARTIGOS INDEFINIDOS EM INGLÊS

1. Quais os artigos indefinidos em Inglês?
A e AN

2. O que eles significam?
a , an = um, uma

3. Quando se sua A?
Na frente de qualquer palavra que comece com SOM de consoante.

4. Quando se usa AN ?
Na frente de qualquer palavra que comece com SOM de vogal.

5. O que define o uso de A ou AN ?

O PRIMEIRO SOM da palavra que segue, e NÃO a primeira letra.

6. De alguns exemplos:
a boy = um menino
an orange = uma laranja

7. Quais as exceções a regra?
a university ( a palavra começa com som de consoante - y )
a European ( a palavra começa com som de consoante - y )
a uniform, etc...
an honor ( o som do H é mudo, portanto a palavra começa com som
de vogal - o )
an honest man
an hour
Existem outras exceções...

8. A e AN são colocados na frente de substantivos no plural?
NAO!!!! Nao existe "uns", "umas" em Ingles por isso NUNCA
se coloca A ou AN na frente de plurais.
Ex.: "a boys" esta ERRADO!!!!!!

9. Qual o artigo definido em Ingles?
THE

10. O que ele significa?
o, a, os, as

Artigos #2


1 - A / AN são os artigos indefinidos e correspondem a UM, UMA
em Português.
a sandwich
an apartment

2 - Antes de profissões colocamos SEMPRE A ou AN
I am a teacher.
I an an architect.

3 - THE é o artigo definido e corresponde em Inglês a O, A, OS, AS.
the apartment
the sandwich

4 - Colocamos THE antes de JORNAIS E REVISTAS.
The Times
The Amazon

5 - Não colocamos nenhum artigo antes de:
- refeições
- go home / come home
- go / come to school, university, work, bed
- at work
- on holiday
- meios de transporte
Ex.: I have breakfast at home.
I go home every day.
I go to school in the morning.
I'm at work.
I'm on holiday.
I go by train.

Os dois arigos em Ingles são: A/AN e THE.

Adiferença é a mesma que em Português:

- A / AN ( um, uma ):
são usados quando se fala de uma coisa pela primeira vez.
Ex.: a house ( uma casa - indefinida, nãos abemos
especificamente qual é )

- THE ( o, a, os, as ):
é usado quando o falante e o ouvinte sabem do que se fala
Ex.: the house ( a casa - sabemos qual é )

ARTIGO INDEFINIDO ( A / AN )

A = usado antes de palavras que começam com consoante

AN = usado antes de palavras que começam com vogal ou H mudo


Usos:
- com profissões
Ex.: I am an architect.

- com algumas expressões:
Ex.: a pair of ( um par de )
a little
a couple of ( dois, um par de )
a few
a hundred
a thousand
three times a day
forty miles an hour

- em exclamações que começam com WHAT
Ex.: What a lovely day! ( Que dia lindo! )
What a pity! ( Que pena! )
What a terrible person! ( Que pessoa horrível! )

No Article


Artigos não são usados:
- antes de plural
- antes de generalizações
Milk is good.
- antes de países
- antes de nomes
- antes de cidades
- antes de nomes de ruas
- antes de línguas
- antes de revistas
- antes de refeições
- antes de aeroportos
- antes de estações
- antes de montanhas
- antes de certas expressões:
at home
at work
at school
in bed
by bus / plane / car / ....
on foot
- em exclamações com WHAT + substantivo incontavel
What a great weaher!

Articles


Os artigos em Ingles são divididos em dois tipos:
- definidos
- indefinidos

Os artigos indefinidos são A e AN ( um,uma ).
Usos:
- A se usa antes de palavras que começam com consoantes
- AN se usa antes de palavras que começam com vogal
- antes de profissões
I am a teacher.
- em expressões como:
a bottle of
a piece of,...

Não se usa:
- antes de plural
- antes de palavras incontáveis

O artigo definido é a palavra THE ( o,a,os,as ).
Usos:
- antes de singular e plural
- antes de instrumentos musicais
- antes de nomes de hotéis
- nomes de rios, oceanos

Não se usa:
- antes das refeições ( breakfast,lunch,dinner,etc.. )
- antes das seguintes expressões:
go / get / be / start / finish ( to ) work
go / be ( to / at ) / start / leave school
go to be / be in bed
go to prosion / be in prision
go / get / arrive home
- generalizações
Ex.: Milk is good. ( e não THE milk is good. )
- jogos e esportes
- disciplinas e matérias da escola e universidade
- países ( com exceções )
- nomes de pessoas e lojas
- nomes de ruas
- nomes de locais públicos
MORFEMA

Um morfema é a menor unidade gramatical que se pode identificar. As palavras, ao contrário do que pode parecer, não correspondem às menores unidades gramaticais da língua. Uma palavra como infelicidade, por exemplo, resulta da combinação de três elementos menores: o prefixo in-, o radical felic-] e o sufixo -idade. Cada um desses elementos é um morfema da língua portuguesa, e nenhum deles pode ser fragmentado ulteriormente do ponto de vista gramatical: sob esse ponto de vista, todos são unidades mínimas. Cada um desses morfemas é usado para construir outras palavras. Por exemplo, o prefixo in- ocorre também em "infeliz", "indistinto", "involuntário" e "insatisfeito"; o tema feliz aparece também "felicidade", "felizmente", "infelicitar" e "felizardo"; e o sufixo –idade ocorre também em "velocidade", "castidade", "maioridade" e "habilidade".
Os morfemas são de tipos diferentes. Dizemos que "feliz" é um morfema lexical, ou lexema, por ter um sentido dicionarizável: podemos dar uma definição de "feliz". Contudo, o -mente de "felizmente" é diferente: é um morfema gramatical, que desempenha a função estritamente gramatical de transformar um adjetivo em advérbio. Independentemente disso, podemos dizer que "feliz" é também um morfema livre: pode aparecer sozinho formando palavra, como acontece na palavra "feliz". Mas o prefixo in- e os sufixos –idade e –mente são morfemas presos: eles nunca podem aparecer sozinhos, precisam sempre ligar-se a pelo menos um outro morfema no interior de uma palavra.

NEOLOGISMO

Neologismo é um fenômeno linguístico que consiste na criação de uma palavra ou expressão nova, ou na atribuição de novo sentido a uma antiga; pode ser um comportamento espontâneo próprio do ser humano ou meramente artificial para fins pejorativos.

Radical
Observe a série a seguir:
Canto, cantos, cântico, cânticos, cantilena, cantilenas, cantoria, cantorias, cantiga, cantigas, cantata, cantatas, cantável, cantáveis, cantor, cantora, cantores, cantoras, cantar, cantando, cantado, cantas, cantamos.
O traço comum às palavras da série é o morfema cant, chamado radical, o qual porta a base de significação das palavras dadas. É uma base rarefeita, vaga, que vai sendo delimitada com maior precisão pelo acréscimo de outros morfemas à palavra.
O radical porta o núcleo de significação da palavra, que é determinado pelos prefixos e sufixos integrantes da palavra.
Prefixos
Na série a seguir, alguns prefixos estão em negrito.
Visível, invisível. Visibilidade, invisibilidade. Visivelmente, invisivelmente.
Escrito, reescrito. Escrever, reescrever. Escrita, reescrita.
Estruturar, desestruturar. Estruturado, desestruturado. Estruturadamente, desestruturadamente.
Os pares de palavras da série diferem entre si pelo morfema inicial (in, re e des) na segunda palavra do par. Analisando os pares da série vemos que a função dos morfemas in, re e des é alterar a base de significação do radical. In, re e des são prefixos típicos da língua portuguesa e apresentam características como:
Modificam a base de significação do radical.
Sempre são colocados antes do radical.
Não condicionam e independem da classe morfológica da palavra. O mesmo prefixo pode ser usado em palavras de classes diferentes como por exemplo: decompor (verbo), decomponível (adjetivo), decomposição (substantivo).
Não indicam número, gênero, grau ou qualquer informação típica de categorias morfológicas.
A inclusão de prefixos é optativa. Existem palavras sem prefixos no modelo PRS.
Pode haver mais de um prefixo na palavra. A princípio, o número de prefixos é indeterminado, mas na prática raramente se usa mais do que dois por palavra. Por exemplo: in-con-formado, de-com-por, re-des-cobrir, in-de-com-ponível.
O prefixo determina o que está à sua direita segundo um padrão concêntrico. O mais externo, determina o agrupamento mais interno. Por exemplo: na palavra in-de-com-pon-ível, o morfema com determina o radical pon diretamente, de determina o conjunto com-pon e in determina o conjunto de-com-pon. Representando as relações por parênteses teríamos: in(de(com(pon)))ível.

Forme duas palavras para cada radical abaixo:
● Trabalh-
● Just-
● Garot-
● Alun-